segunda-feira, 6 de novembro de 2017

6º ANO = VEGETAÇÃO (4º BIMESTRE)

Vegetação

I - Introdução
Podemos definir a vegetação como sendo a cobertura vegetal natural de uma determinada região. A vegetação de uma região depende muito de outros aspectos da ge­ografia física, como o relevo, o solo e, principalmente, o clima.
Dos elementos do clima, aquele que mais interfere no porte e na densidade dos vegetais é a umidade. Por isso mesmo, podemos classificar a vegetação de acordo com o hábitat natural do vegetal em:
a) higrófilas: são formações vegetais típicas de regiões úmidas. Possuem folhas largas e perenes (latifoliadas), para facilitar a transpiração (florestas tropicais).
b) xerófilas: aparecem em regiões de clima seco. Nesse caso, os vegetais se adaptam à falta de chuva, substi­tuindo as folhas por espinhos, perdendo a folhagem ou cobrindo-a com uma cera que pode impermeabilizar a folha, evitando a evaporação (cactos e outros vegetais da caatinga brasileira).
Os vegetais xerófilos também possuem raízes profundas ou então uma multirradicação que permite otimizar o aproveitamento da água que infiltra no subsolo.
c) tropófilas: vegetais que vivem em climas com alternância de pluviosidade (um período chuvoso e outro seco). Nesse caso, os vegetais perdem a folhagem na estação seca do ano e são chamados vegetais caducifólios ou caducos.
I - Vegetação Arbórea

a) Florestas equatoriais
Aparecem em áreas de clima equatorial. São formações higrófilas, latifoliadas e heteróclitas (apresentam grande heterogeneidade de espécies). Recobrem cerca de 40% do território brasileiro, consti­tuíndo uma das mais vastas áreas florestais contínuas do mundo.
Recebem várias denominações: latifoliada (folha larga); hiléia, do grego hylaia = “da floresta” (nome dado por Humboldt); floresta equatorial, por causa do clima equatorial; floresta-pluvial, em virtude dos elevados índices pluviométricos que caracterizam as regiões.
Possuem uma variedade enorme de espécies vegetais e é uma floresta fechada.

b) Florestas tropicais
Aparecem, em climas tropicais úmidos e se assemelham bastante às florestas equatoriais. No Brasil, estão representadas pela mata Atlântica, que ocupa grandes extensões de terra, desde o Nordeste até o Paraná e alguns trechos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A mata Atlântica brasileira sofreu grandes desmatamentos, sobretudo em virtude da penetração da cafeicultura em Minas Gerais e, principalmente, em São Paulo e no norte do Paraná.
Possui, em muitos trechos, vegetação imponente, com árvores de 25 a 30 m de altura, como perobas, paus-d’alho, figueiras e cedros.

c) Florestas temperadas
Aparecem nos climas temperados menos frios, são bosques de árvores frondosas e espaçadas, que possuem a propriedade caducifólia de perda da folhagem nas estações secas ou muito frias. São também cha­madas de florestas caducas. A Floresta de Sherwood da Inglaterra (aquela de Robin Wood) é um exemplo desse tipo de formação.
Na figura ao lado pode-se observar a floresta temperada de Ontário no Canadá. As árvores perdem as folhas no outono para suportar o frio do inverno.

d) Florestas de coníferas
Aparecem em regiões de clima temperado, nas áreas mais frias, que possuem pelo menos três meses cober­tos de gelo. Possuem árvores espaçadas, com copa em forma de cone e folhas agulhadas (aciculifoliadas). Pos­suem poucas espécies diferentes, formando uma floresta homogênea, como o pinho canadense, por exemplo.
Merece destaque um tipo de conífera que é a taiga siberiana, pois é considerada como a formação arbórea mais resistente a climas frios. No hábitat natural da taiga, o solo fica coberto de neve durante seis meses.
As coníferas são muito cobiçadas, por causa do aproveitamento da sua madeira, excelente para a fabricação da celulose vegetal.
No Brasil, a floresta de coníferas está representa­da pela “mata de araucária”, também denominada pinheiro-do-paraná. É encontrada desde o norte do Rio Grande do Sul até a porção sul do estado de São Paulo, cobrindo porções do planalto Meridional. Entretanto é no Paraná e em Santa Catarina que essa formação é encontrada de forma contínua.
Recebe o nome de aciculifoliada em virtude de suas folhas pontiagudas e de araucária graças à abundância da conífera araucária angustifólia (nome científico dado ao pinheiro-do-paraná).
Em virtude de altitudes mais elevadas, da serra da Mantiqueira, no estado de Minas Gerais, existem também os pinheiros.
Essa formação vegetal é largamente explorada, pois o pinheiro fornece a madeira mole, que é o pinho, de grande comercialização. Entretanto o seu desmatamento também foi intenso, exigindo, por conseguinte, uma eficaz fiscalização e incentivos ao reflorestamento.

e) Mata dos cocais
A área de ocorrência dos cocais localiza-se entre a floresta Amazônica, a oeste, a caatinga (vegetação do sertão nordestino), a leste, e o cerrado, ao sul. Loca­liza-se, portanto, numa área de transição entre o clima úmido da Amazônia, o clima semiárido do Nordeste e o clima menos úmido do planalto Central.
Abrange vastas áreas do Maranhão, Piauí e norte de Goiás, predominando nos trechos de solos úmidos e dos vales fluviais, como é o caso dos rios Mearim, Parnaíba e outros da região do meio-Norte.
A mata dos cocais recebe este nome porque é forma­da por duas palmeiras: o babaçu e a carnaúba, que são produtos extrativos importantes para a região.
Dentro da região do meio-Norte, onde aparece a mata dos cocais, o babaçu fica mais concentrado no Maranhão, enquanto a carnaúba fica mais concentrada no Piauí.
f) Matas galerias ou ciliares
As matas galerias correspondem a pequenas flores­tas alongadas que se desenvolveram ao longo dos rios, aproveitando a umidade do solo. São encontradas nas regiões de cerrado, de campos e mesmo de florestas.
II -Vegetação Arbustiva
a) Savanas
A savana é uma formação vegetal formada por ar­bustos espalhados e com uma composição gramínea de base. Aparece bordejando as florestas equatoriais, em climas tropicais típicos, com uma estação seca e outra chuvosa. É o hábitat natural dos animais de grande porte da África. No Brasil, a savana está representada pelo cerrado.

b) Cerrado
Predomina em quase todo o Brasil Central, parte de Minas Gerais, parte ocidental da Bahia e sul do Maranhão, nas áreas onde o clima apresenta duas estações bem marcadas, uma seca e outra chuvosa. Além disso, apresenta-se em forma de manchas em vários pontos do território, como é o caso dos estados de São Paulo e Paraná.
O cerrado tem sido utilizado pela pecuária há mui­to tempo. Entretanto, nos últimos anos, ele tem sido ocupado pela agricultura, com êxito.

c) Caatinga
Localiza-se na região de clima semiárido do Nordes­te brasileiro e é constituída de vegetais xerófilos, como é o caso das cactáceas (mandacaru e xique-xique).
Apresenta grande heterogeneidade quanto ao aspecto e à composição vegetal. Em certos trechos, forma uma mata rala ou aberta (de caá = “mata” e tinga = “branco”), e em outros o solo apresenta-se quase a descoberto, possuindo arbustos isolados.
Na época das secas, as plantas da caatinga perdem suas folhas, o que constitui uma adaptação das plantas às condições climáticas, fazendo com que a planta di­minua a transpiração e evite, assim, a perda de água armazenada. Basta caírem as primeiras chuvas no sertão para que a caatinga readquira o verde, quando é utilizada pela pecuária extensiva e rudimentar.

d) Complexo do pantanal
Recobre a planície do pantanal Mato-Grossense. E uma formação vegetal que possui espécies vegetais da floresta, dos campos, do cerrado e mesmo plantas xerófilas da caatinga. Constitui importante área de criação de gado, além do extrativismo vegetal.

e) Formações litorâneas
Ocorrem ao longo de todo o litoral brasileiro, apresen­tando ora vegetação de praias e dunas, ora vegetação de mangue. A vegetação de mangue (ou manguezais) é a que se forma nas reentrâncias da costa (baías, estuários). Por se tratar de uma área com solo salino e deficiente de oxigênio, pois as marés alcançam tais tipos de áreas, as plantas tive­ram que desenvolver vários dispositivos morfofisiológicos para absorverem o oxigênio. E o caso das raízes aéreas. São classificadas como halófilos e higrófilos.
 III - Vegetação Herbácea

a) Campos temperados ou pradarias
Como diz o próprio nome, tais tipos de formações caracterizam-se pela predominância de gramíneas, cuja altura varia de 10 a 50 cm, aproximadamente. Além disso, surgem subarbustos, sendo que os arbustos são mais raros. São formações herbáceas contínuas e aparecem geralmente em climas temperados, nas áreas de planícies.
Quando ocorre o predomínio das gramíneas, for­mam-se os campos limpos; quando ocorrem os arbustos, formam-se os campos sujos.
No Brasil, os campos limpos surgem desde o sul do estado de São Paulo até o Rio Grande do Sul, onde são denominados campos da campanha gaúcha. Ocupam o planalto Meridional e constituem excelentes áreas para a criação de gado, como é o caso também dos campos de vacaria, no Mato Grosso do Sul.

b) Estepes
São formações herbáceas descontínuas que se caracterizam por apresentar “moitas” espalhadas de ervas. Aparecem em climas semiáridos, geralmente nas bordas dos desertos, onde servem para o pastoreio de animais adaptados a estas regiões.

c) Tundra

Vegetação rasteira, constituída de musgosliquens. Aparecem em climas subpolares, em regiões onde o solo está coberto de neve por, pelo menos, nove meses. Nos três meses de verão, a tundra nasce e tem um ciclo de vida muito curto. Serve para o pastoreio de animais das regiões subpolares no período do verão.


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