Agentes do Relevo
O relevo corresponde ao conjunto de formação apresentadas pela
litosfera. Essas formas são definidas pela estrutura geológica combinada com as
ações da dinâmica interna e externa da Terra. A estrutura geológica diz
respeito ao tipo de rocha — magmática,
sedimentar ou metamórfica –, bem como à idade que elas apresentam — mais antigas
ou mais recentes. As características tais rochas condicionam a ação dos fatores
modificadores do relevo os chamados agentes de erosão.
Os fatores internos são
responsáveis pela elevação ou rebaixamento da superfície da crosta
terrestre os fatores externos, por
sua vez, causam modificações nessa
superfície.
I – Agentes internos ou endógenos: as pressões do magma
Os fatores internos do relevo
têm sua origem nas pressões que o magma exerce sobre a crosta terrestre. Essas
pressões podem provocar vulcanismo e outros fenômenos chamados tectônicos,
como a formação de dobras e fraturas e a criação montanhas.
O movimento do magma ocorre no manto, a parte do interior da Terra que
fica entre a crosta e o núcleo, com aproximadamente 2.800 km de espessura. O
magma age no manto superior, que vai até 670 km de profundidade.
a) Tectonismo
- Os movimentos
tectônicos, também chamados diastrofismos (distorções), são forças em geral
lentas e prolongadas que afetam a superfície terrestre verticalmente (epirogênese) ou horizontalmente
(orogênese).
·
Epirogênese: é uma expressão criada por Gilbert, em 1890, a
denominação teve como objetivo principal designar o fenômeno geológico que
resulta em movimentos tectônicos no sentido vertical. Caso esse movimento seja para cima, recebe o nome de soerguimento
e para baixo, subsidência.
· Orogênese: é um movimento tectônico que ocorre de forma horizontal, e pode ter duas configurações: convergente, quando duas placas se chocam; e divergente,
quando duas placas se afastam. A
primeira provoca o surgimento de dobramentos e cordilheiras e a segunda
responde pela formação das dorsais (cordilheiras submarinas). As dobras ocorrem em rochas frágeis e mais
ou menos plásticas, enquanto as fraturas
se formam em rochas mais resistentes ou rijas. Se os blocos fraturados não se
deslocarem uns em relação aos outros, dizemos que se formam juntas.
Quando, ao contrário, os blocos se afastam uns dos outros, terão ocorrido falhas.
A grande ocorrência de dobras e falhas explica a formação de várias
cadeias de montanhas sobre a crosta — antigas e recentes. Dizemos que as dobras
e falhas são movimentos orogenéticos, ou seja, criadores de montanhas.
b) Vulcanismo - expressão utilizada para designar a atividade pela qual se dá a
eliminação de materiais magmáticos
do interior da Terra para a sua superfície. Essas regiões são as contato entre
as placas tectônicas. A maior parte dos vulcões estão localizados no “círculo de fogo do Pacífico”, que abrange a cordilheira dos Andes, as costas
ocidentais da América do Norte, o Japão e as Filipinas.
c) Abalos Sísmicos - são movimentos naturais da crosta terrestre, que se propagam por meio
de vibrações. Quando ocorrem nos continentes, provocam os terremotos. Quando ocorrem nos oceanos, provocam os maremotos. Causas: desmoronamentos
internos, erupções vulcânicas, tectônicas: é nas bordas das placas tectônicas
que ocorrem os maiores e mais violentos terremotos.
O local no interior da Terra onde se origina o abalo, é denominado hipocentro, e o ponto onde ele se manifesta primeiro e com maior intensidade é chamado de epicentro.
O local no interior da Terra onde se origina o abalo, é denominado hipocentro, e o ponto onde ele se manifesta primeiro e com maior intensidade é chamado de epicentro.
II – Agentes externos ou exógenos: a erosão da superfície.
Processos esculturais que atuam externamente, modificando as paisagens,
como o intemperismo, a ação das águas, do vento, do mar, do gelo e dos seres
vivos entre outros.
a)
Intemperismo – É o processo de alteração das rochas
que ficam expostas às condições do tempo local, provocando o desgaste e a
decomposição das rochas. Podem ser:
· físico – corresponde à alteração da estrutura
física das rochas feita a partir de uma desagregação mecânica. Por exemplo:
quando uma única rocha é dividida em duas partes, ela sofreu uma alteração
física. O intemperismo físico é típico de climas secos, sejam eles quentes ou
frios.
· químico – cuja atuação é mais profunda e
importante do que a do intemperismo físico, tem sua ocorrência em áreas úmidas
e quentes. Para que haja intemperismo químico é necessário que ocorra uma
alteração da estrutura química da rocha.
b) Os rios – Em seu curso, os rios escavam leitos, formam
vales, destroem e transportam rochas e sedimentos, depositando-os e formando
novas feições de relevo, como, por exemplo, as planícies e os deltas.
c) As
geleiras – Chama-se erosão glacial ao trabalho das geleiras. Grandes blocos de gelo movem-se
lentamente, por ação da gravidade, causando profundos desgastes nas rochas.
Provocam a abertura de vales em forma de “U”
ou de “V”, estes últimos conhecidos
como fiordes.
d) Os ventos –
Conhecida como erosão eólica, pode
tanto construir (acumulação eólica) como destruir uma forma de relevo. A
atividade geológica do vento é preponderante, particularmente nas regiões
áridas, como os desertos, onde a evaporação é superior às precipitações ou onde
a vegetação não se dá por qualquer outro motivo. A erosão eólica processa-se por:
· deflação – Processo
de rebaixamento do terreno, removendo e transportando partículas
inconsolidadas.
· corrosão – É
produzida pelo impacto das partículas de areia transportadas pelos ventos
contra as superfícies das rochas, polindo-as. Efeitos: é maior nas rochas
sedimentares, principalmente arenosas e argilosas.
Agentes do relevo F.1/1
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