segunda-feira, 26 de junho de 2017

1º MÉDIO = RELEVO (3º BIMESTRE)


Relevo

O relevo terrestre e submarino se desenha através da ação de vários fatores internos e externos. Dependendo da força da ação, formam-se vários tipos de relevo, alguns mais altos, como planaltos e montanhas, e outros mais baixos, como é o caso de planícies e depressões.

 

I - Conceitos de Relevo


Relevo – “é o conjunto de formas presentes na superfície sólida do planeta”. Resulta da estrutura geológica (fatores internos) e dos processos geomórficos (fatores externos). O primeiro forma a estrutura do relevo e o segundo esculpe as formas.

II – Relevo Continental

a) Planície – áreas extensas planas em que há mais sedimentação que erosão. Áreas chatas e mais baixas, geralmente, no nível do mar. Porém, podem ficar em terras altas, como as várzeas de um rio num planalto.
b) Montanha – terrenos bastante elevados, acima de 300 metros. Podem ser classificadas quanto à origem ou idade.
c) Depressão – áreas situadas abaixo do nível do mar ou das outras superfícies planas.
d) Planalto – terras mais altas que o nível do mar, razoavelmente planas delimitadas por escarpas íngrimes. Há mais erosão que sedimentação.

III - Relevo submarino


a) Plataforma continental: Fica abaixo do nível do mar onde aparecem as ilhas continentais ou costeiras, de origem vulcânica, tectônica ou biológica. Apresenta uma profundidade razoável, que possibilita a entrada de luz solar e, logo, o desenvolvimento de vegetação marinha. Com o passar do tempo, as depressões do terreno da plataforma continental tornam-se bacias sedimentares de grande importância para a exploração de petróleo no oceano.
b)Talude: É o fim do continente, onde ocorre o encontro da crosta continental com a crosta oceânica. Tem profundidade de até 3 mil metros. As fossas marinhas são depressões abissais que aparecem abaixo do talude, em zonas de encontro de placas tectônicas.
c) Região pelágica: é o relevo submarino onde encontramos depressões, montanhas tectônicas e vulcanismo. Na região pelágica, aparecem as ilhas oceânicas que chegam a 6 mil metros abaixo do mar.

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IV - Relevo brasileiro

O relevo brasileiro é constituído de diversas formas, dentre elas, “serras, planaltos, chapadas, depressões, planícies”, etc., ocasionadas, principalmente, por processos externos, como a chuva e o vento. No continente, os agentes internos não participaram da formação do relevo, mas algumas ilhas foram formadas por atividades vulcânicas no passado.
A estrutura geológica é, predominantemente, antiga, as mais recentes são da era cenozoica.
O relevo classifica-se em diversas regiões. Vários autores classificam-no de formas diferentes:
A classificação de Aroldo de Azevedo: Foi feita em 1949, por isso está um pouco desatualizada, mesmo assim continua em uso, por três fatores: a preocupação com um tratamento coerente às unidades do relevo, dando mais valor a terminologia geomorfológica; a identificação de áreas individualizadas; e a simplicidade e originalidade. Aroldo dividiu o país em:
·         Planalto das Guianas (região Norte: Amapá, Amazonas, Roraima e Pará)
·         Planalto Central (ao centro)
·         Planalto Atlântico (região leste)
·         Planalto Meridional (região Sul – Paraná e Santa Catarina – e São Paulo)
·         Planície Amazônica (Amazônia)
·         Planície Costeira (litoral)
·         Planície do Pantanal (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul)

A classificação de Aziz N. Ab’Sáber: Em 1962, Aziz dividiu o relevo brasileiro, utilizando, às vezes, fotografias aéreas. Basicamente, ele manteve a classificação de Aroldo de Azevedo, fazendo algumas modificações com base no tipo de alteração (sedimentação ou erosão) predominante. As mudanças feitas em relação à classificação foram:
·       Planalto Nordestino (parte nordeste do Planalto Atlântico, de Aroldo)
·       Planalto Leste e Sudeste (parte leste e sudeste do Planalto Atlântico)
·       Planalto do Maranhão-Piauí (nos estados do Maranhão e Piauí)
·       Planalto Uruguaio-Sul-Rio-Grandense (no Rio Grande do Sul)

A classificação de Jurandyr L. S. Ross: Divulgada em 1995, usa uma tecnologia avançada que identifica as verdadeiras dimensões das unidades de relevo. A Planície Amazônica, por exemplo, reduziu-se a 5% do que era nas outras classificações e virou Planície do Rio Amazonas. O resto virou depressões e planaltos. Já o Planalto Central foi dividido e o Meridional e das Guianas “sumiram”. Ele classificou em três níveis o relevo: o 1º dizia se o tipo da estrutura (planalto, planície  ou depressão); o 2º considerava a estruturação dos planaltos (ex.: sedimentar, cristalino…); e o 3º dava nome aos planaltos, planícies e depressões.  Agora, havia 28 unidades geomorfológicas. Dentre elas, havia a dos 11 planaltos – com morros, serras, chapadas e cuestas -, com destaque para: o Planalto da Amazônia Ocidental, os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná, Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba, e Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste. Também existia a unidade das 11 depressões – podendo ser periféricas, marginais ou interplanáticas – e a das 6 planícies, composta pelas planícies do Rio Araguaia, do Rio Guaporé, da Lagoa dos Patos e Mirim, do Pantanal Mato-Grossense, do Rio Amazonas.

V - Conclusão

Existem vários tipos de formas na crosta terrestre. Elas são consequências de ações na superfície terrestre e muda com o desgaste das áreas mais elevadas e com a deposição de materiais nas superfícies deprimidas. Ações internas como o terremoto e o vulcanismo também alteram o relevo. Os seres vivos mudam o terreno escavando-o, degradando-o, ou fornecendo matéria orgânica. Eles também necessitam do relevo, que é importante no plantio de certos produtos para os agricultores e, consequentemente, para toda a sociedade. Cidades litorâneas e turísticas dependem muito do relevo.
Assim como a crosta terrestre sofre alterações, tendo de se adaptar às mudanças dos seres vivos, o ser humano tem que se adaptar a Terra e conviver com ela, por isso é importante conhecer o relevo.


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