quarta-feira, 16 de agosto de 2017

1º MÉDIO = HIDOSFERA (4º BIMESTRE)



HIDROSFERA

Hidrosfera – do grego hidro, que significa água – é a porção da esfera terrestre composta por água nos estados sólido, líquido e gasoso. Faz parte dessa camada, portanto, tanto os rios e os mares quanto as geleiras e a umidade do ar. A superfície total da Terra é de aproximadamente 510 milhões de km², sendo que, 361 milhões de km² dessa superfície são ocupados pelas águas.  A hidrosfera que é a parte liquida do planeta, é dividida em:
 O hemisfério sul apresenta a maior parte da sua superfície encoberto pelas águas, cerca de 81%, e apenas 19% são ocupados pelas terras emersas. Daí o nome ao hemisfério sul de “hemisfério das águas”, e o hemisfério norte é chamado de “hemisfério das terras”, visto que 39% de sua superfície é encoberto pelas terras emersas.

I - águas oceânicas

As águas oceânicas que formam os oceanos e mares, tem grande influência no clima, nos transportes, no fornecimento de alimento (através da pesca) e na renovação do oxigênio do ar.
Na verdade, existe um único e grande oceano, que está dividida em: oceanos Pacífico, Índico e Atlântico.
Os mares são uma extensão natural dos oceanos, quando estão perto de entrar em contato com os continentes. Os mares ocupam 41 milhões de km². Eles podem ser classificados em três tipos abertos ou costeiros, interiores ou continentais, isolados.

a) Características

1) Salinidade
O cloreto de sódio é o responsável pelo sabor salgado das águas do mar. Não só ele, mais outros sais minerais, também foram transportados pelos rios até os oceanos, modificando a composição química das águas do mar. Todos os sais minerais encontrados nos continentes também são encontrados dissolvidos no mar.
Dependendo da temperatura, das chuvas e dos rios tributário a salinidade pode variar.
Em regiões onde a temperatura é alta, existem poucos rios e baixo índice de chuvas, a salinidade é maior.
A salinidade máxima é a do mar Morto, que é de 25%.

2) Densidade
A densidade das águas via depender dos sais minerais dissolvidos nela. Sendo que a água do mar é mais densa que a água doce. Se representarmos a densidade da água doce por 1, a do mar será de 1,3.

3) Temperatura
 As correntes marítimas, profundidade e latitude fazem variar a temperatura das águas do mar.
Na superfície, a temperatura é igual a da atmosfera em contato.
Abaixo de – 2 °C, a superfície oceânica passa a solidificar-se, isto é o que ocorre nos mares glaciais. Os cristais de gelo flutuam porque apresentam menor densidade.
Banquisa é nome que se dá a camada de gelo que cobre a superfície do mar.

4) Cor
Dependendo da quantidade e origem de sedimentos a coloração da água pode mudar. Quando está próximo às costas, apresentam cores esverdeadas, devido a sedimentos de vegetais e detritos de animais; são azul-escuros quando estão livres de sedimentos, em alto mar; nas proximidades da foz de grandes rios são avermelhadas ou amarelo-barrentas, devido aos sedimentos que chegam a foz.

b) Águas oceânicas em movimento

1) Ondas:  São movimentos que ocorrem na parte de cima das águas oceânicas. As principais causas são ação do vento, que agita as águas, ou nos abalos sísmicos que ocorrem no fundo do mar.
 Os elementos de uma onda são: cavado, a parte mais baixa; crista, a parte mais alta; altura; comprimento, a distância entre duas cristas;
Há três tipos de ondas:
·        Ondas oscilatórias: são encontradas em alto mar, existe apenas por ação do vento, um movimento circulatório das moléculas de água.
·        Ondas transladativas: ocorre quando o vento desloca a massa líquida em direção ao litoral. O cavado da onda esbarra no fundo e provoca um desequilíbrio entre a crista (parte superior) e o cavado (parte inferior), fazendo com que a massa de água se direcione para frente, formando as rebentações.
·        Ondas tsunami: são originados por maremotos, e capazes de criar ondas que se propagam em grande velocidade, são de grande violência. Esse tipo de onda é comum no oceano Pacífico.

2) Marés:  A maré é uma consequência da atração do sol e da lua sobre a Terra. A lua tem mais influencia na maré que o sol, visto que sua distancia é cerca de 400 vezes menor que a distância Terra-Sol.
O tempo entre a maré baixa e a  maré alta é de 6h12m, ou seja, em um dia podemos observar duas altas e duas marés baixas.
 Amplitude da maré é a diferença entre o nível da maré baixa e a da maré alta. As maiores amplitudes ocorrem nas fazes de lua nova e cheia.

3) Correntes marítimas: São movimentos de grandes massas de água dentro de um oceano ou mar. As correntes marinhas podem ser quentes ou frias, são massas de água que circulam nos oceanos.
As correntes frias tem origem nas regiões polares, enquanto que as correntes quentes tem na zona tropical.
Possuem uma grande influencia no clima. Por exemplo: a corrente quente do Golfo, impede o congelamento do mar do Norte e ameniza os rigores do clima de inverno no noroeste da Europa.
Hidrosfera F.1/2

II - Águas continentais

1) Lençol subterrâneo: Também é chamado de lençol freático. É formado pela infiltração das águas da superfície nas rochas permeáveis.
As águas subterrâneas podem variar de um lugar para o outro dependendo da quantidade das chuvas. Elas alimentam os poços, rios e lagos, e contribui para o desenvolvimento da vegetação.
Uma fonte ou olho d’ água é o surgimento do lençol freático na superfície terrestre.
A água da chuva se divide em três partes. Uma se evapora logo após a chuva. A outra escorre para os rios e mares. E outra parte forma os lençóis freáticos.
 Os oásis formados nos desertos são alimentados por lençóis de água subterrânea. Ocorre quando uma depressão atinge o nível de um lençol de água subterrânea, podendo surgir um lago e com ele uma vegetação típica.

2) Geleiras ou glaciares: são uma enorme massa de gelo composta por uma grande quantidade acumulada de neve, que demanda um tempo considerável para sua formação, chegando este processo a extremos de 30 mil anos para a formação de seu corpo, por exemplo.
As geleiras mais extensas cobrem quase totalmente a Groelândia e Antártida.
Também existe gelo permanente nas altas montanhas, onde a temperatura fica abaixo de 0°C. Perto do Equador a linha das neves eternas está a mais ou menos 6000m de altitude. Mas a medida que vai se distanciando da linha do Equador, a altitude para que se forme neve eterna vai diminuindo.
Quando as geleiras findam no mar, enormes blocos de gelo são levados pelas correntes marítimas, originando os “icebergs”.

3) Gêiseres: São fontes que lançam águas com alta grande pressão e alta temperatura. Se originam em regiões de atividade vulcânica recente, onde a rocha quente aquece a água que está no subsolo, que quando atingir o ponto de ebulição é lançada para fora, para o alto, através de uma única saída.

4) Rios: são deslocamentos de água que acontecem de maneira natural, sem haver interrupção. Geralmente, um rio parte de sua nascente e corre em direção aos relevos mais baixos até atingir ou desembocar em outro curso maior. Os rios perenes são os que nunca secam e possuem um bom volume de água nos leitos. Os rios temporários são aqueles que secam no período em que não chove, principalmente em áreas de clima árido ou semiárido. Quando um rio é perene e atravessa uma região desértica, como o rio Nilo, isto quer dizer que a nascente dele é em uma região chuvosa.
 A variação da quantidade da água no leito do rio recebe o nome de regime.
 Regime pluvial é quando as cheias dependem da água da chuva; regime níval quando depende do derretimento da neve; se as cheias dependem das geleiras é glacial.
 Quando o rio deságua no oceano por várias saídas, diz que a foz do rio é em delta; a foz do rio é em estuário, quando o rio deságua no oceano por uma única saída.
5) Lagos: podem ser definidos como um acidente geográfico em forma de depressão, abrangem um grande volume de água que não secam. Suas águas são oriundas de muitas fontes, dentre elas: chuva, nascente própria, rios e derretimento de geleiras.

III - Bacias hidrográficas brasileiras

Bacia Hidrográfica, também conhecida como bacia de drenagem, consiste em uma porção da superfície terrestre drenada por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. O Brasil tem uma extensa rede hidrográfica. Apesar de o transporte hidroviário ser pouco utilizado, as bacias hidrográficas brasileiras oferecem boas possibilidades de navegação.  Os rios brasileiros são de regime pluvial, com exceção de Amazonas. Há rios temporários apenas no sertão nordestino. Predominam rios de planalto em áreas de elevado índice pluviométrico.

a)  Bacia do rio Amazonas
É a maior bacia hidrográfica do planeta, ocupando cerca de 46% do território brasileiro. Seu rio principal nasce no Peru, com o nome de Marañon, e passa a ser chamado de Solimões na fronteira brasileira até o encontro com o rio Negro. A partir daí, recebe o nome de Amazonas. É o rio mais extenso (7100 km).
 O regime do principal rio é níval e pluvial. A bacia possui um grande número de rios caudalosos, bons de navegação em grandes trechos, por serem rio de planície.

b) Bacia do Tocantins
Ocupa aproximadamente 9,5% do território nacional. Seus principais rios é o Tocantins e o Araguaia. Por ter longos trechos navegáveis, essa bacia é útil para escoar boa parte da produção de grãos. No rio Tocantins está instalada a usina hidrelétrica de Tucuruí, a segunda maior do país.

c) Bacia Platina
Ocupa cerca de 16,6% do território do país. Seus rios principais são:  Paraná, Paraguai e Uruguai, que formam o rio da Prata, em território argentino. Esta bacia é composta pela bacia do rio Paraná e bacia do rio Uruguai.
 A bacia do rio Paraná é bem utilizada para obter energia elétrica, irrigação e navegação.

d) Bacia do rio São Francisco
Ocupa uma área de aproximadamente 7,5% do território nacional. O rio São Francisco, nasce em Minas Gerais, e atravessa o sertão semiárido mineiro e baiano, de grande importância para a população ribeirinha, irrigação e criação de gado. Também é aproveitado para obter energia elétrica. Os rios são perenes e temporários.

Bacia Secundária
São as bacias: Atlântico Norte-Nordeste, Atlântico Leste e Atlântico Sudeste.
Essas bacias não tem ligação entre si. Foram agrupadas por causa da localização delas no litoral.
 Hidrosfera F.2/2

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