HIDROSFERA
A Hidrosfera – do grego hidro, que significa água – é a porção da esfera
terrestre composta por água nos estados sólido,
líquido e gasoso. Faz parte dessa camada, portanto, tanto os rios e os mares
quanto as geleiras e a umidade do ar. A superfície total da Terra é de aproximadamente
510 milhões de km², sendo que, 361 milhões de km² dessa superfície são ocupados
pelas águas. A hidrosfera que é a parte liquida
do planeta, é dividida em:
O
hemisfério sul apresenta a maior parte da sua superfície encoberto pelas águas,
cerca de 81%, e apenas 19% são ocupados pelas terras emersas. Daí o nome ao
hemisfério sul de “hemisfério das águas”, e o hemisfério norte é chamado de
“hemisfério das terras”, visto que 39% de sua superfície é encoberto pelas
terras emersas.
I - águas
oceânicas
As águas
oceânicas que formam os oceanos e mares, tem grande influência no clima,
nos transportes, no fornecimento de alimento (através da pesca) e na renovação
do oxigênio do ar.
Na
verdade, existe um único e grande oceano, que está dividida em: oceanos Pacífico, Índico e Atlântico.
Os mares são uma extensão natural dos
oceanos, quando estão perto de entrar em contato com os continentes. Os mares
ocupam 41 milhões de km². Eles podem ser classificados em três tipos abertos ou costeiros, interiores ou continentais, isolados.
a)
Características
1) Salinidade
O cloreto de sódio é o responsável pelo
sabor salgado das águas do mar. Não só ele, mais outros sais minerais, também
foram transportados pelos rios até os oceanos, modificando a composição química
das águas do mar. Todos os sais minerais encontrados nos continentes também são
encontrados dissolvidos no mar.
Dependendo
da temperatura, das chuvas e dos rios tributário a salinidade pode variar.
Em
regiões onde a temperatura é alta, existem poucos rios e baixo índice de
chuvas, a salinidade é maior.
A
salinidade máxima é a do mar Morto, que é de 25%.
2) Densidade
A
densidade das águas via depender dos sais minerais dissolvidos nela. Sendo que
a água do mar é mais densa que a água doce. Se representarmos a densidade da
água doce por 1, a do mar será de 1,3.
3) Temperatura
As
correntes marítimas, profundidade e latitude fazem variar a temperatura das
águas do mar.
Na
superfície, a temperatura é igual a da atmosfera em contato.
Abaixo de
– 2 °C, a superfície oceânica passa a solidificar-se, isto é o que ocorre nos
mares glaciais. Os cristais de gelo flutuam porque apresentam menor densidade.
Banquisa é nome que se dá a camada de gelo
que cobre a superfície do mar.
4) Cor
Dependendo
da quantidade e origem de sedimentos a coloração da água pode mudar. Quando
está próximo às costas, apresentam cores esverdeadas, devido a sedimentos de
vegetais e detritos de animais; são azul-escuros quando estão livres de
sedimentos, em alto mar; nas proximidades da foz de grandes rios são
avermelhadas ou amarelo-barrentas, devido aos sedimentos que chegam a foz.
b) Águas
oceânicas em movimento
1) Ondas:
São
movimentos que ocorrem na parte de cima das águas oceânicas. As principais
causas são ação do vento, que agita as águas, ou nos abalos sísmicos que
ocorrem no fundo do mar.
Os elementos de uma onda são: cavado, a parte mais baixa; crista, a parte mais alta; altura; comprimento, a distância entre duas cristas;
Há três
tipos de ondas:
·
Ondas
oscilatórias: são encontradas em alto mar, existe apenas por ação do vento,
um movimento circulatório das moléculas de água.
·
Ondas
transladativas: ocorre quando o vento desloca a massa líquida em direção ao
litoral. O cavado da onda esbarra no fundo e provoca um desequilíbrio entre a
crista (parte superior) e o cavado (parte inferior), fazendo com que a massa de
água se direcione para frente, formando as rebentações.
·
Ondas
tsunami: são originados por maremotos, e capazes de criar ondas que se
propagam em grande velocidade, são de grande violência. Esse tipo de onda é
comum no oceano Pacífico.
2) Marés:
A
maré é uma consequência da atração do sol e da lua sobre a Terra. A lua tem
mais influencia na maré que o sol, visto que sua distancia é cerca de 400 vezes
menor que a distância Terra-Sol.
O tempo
entre a maré baixa e a maré alta é de 6h12m, ou seja, em um dia podemos
observar duas altas e duas marés baixas.
Amplitude
da maré é a diferença entre o nível da maré baixa e a da maré alta. As maiores
amplitudes ocorrem nas fazes de lua nova e cheia.
3) Correntes
marítimas: São movimentos de grandes massas de
água dentro de um oceano ou mar. As correntes marinhas podem ser quentes ou frias,
são massas de água que circulam nos oceanos.
As
correntes frias tem origem nas regiões polares, enquanto que as correntes
quentes tem na zona tropical.
Possuem
uma grande influencia no clima. Por exemplo: a corrente quente do Golfo, impede
o congelamento do mar do Norte e ameniza os rigores do clima de inverno no
noroeste da Europa.
Hidrosfera F.1/2
II - Águas
continentais
1) Lençol
subterrâneo: Também é
chamado de lençol freático. É
formado pela infiltração das águas da superfície nas rochas permeáveis.
As águas subterrâneas
podem variar de um lugar para o outro dependendo da quantidade das chuvas. Elas
alimentam os poços, rios e lagos, e contribui para o desenvolvimento da
vegetação.
Uma fonte
ou olho d’ água é o surgimento do lençol freático na superfície terrestre.
A água da
chuva se divide em três partes. Uma se evapora logo após a chuva. A outra
escorre para os rios e mares. E outra parte forma os lençóis freáticos.
Os oásis formados nos desertos são
alimentados por lençóis de água
subterrânea. Ocorre quando uma depressão atinge o nível de um lençol de
água subterrânea, podendo surgir um lago e com ele uma vegetação típica.
2) Geleiras ou glaciares:
são
uma enorme massa de gelo composta por uma grande quantidade acumulada de neve,
que demanda um tempo considerável
para sua formação, chegando este processo a extremos de 30 mil anos para a
formação de seu corpo, por exemplo.
As
geleiras mais extensas cobrem quase totalmente a Groelândia e Antártida.
Também
existe gelo permanente nas altas montanhas, onde a temperatura fica abaixo de
0°C. Perto do Equador a linha das neves eternas está a mais ou menos 6000m de
altitude. Mas a medida que vai se distanciando da linha do Equador, a altitude
para que se forme neve eterna vai diminuindo.
Quando as
geleiras findam no mar, enormes blocos de gelo são levados pelas correntes
marítimas, originando os “icebergs”.
3) Gêiseres:
São
fontes que lançam águas com alta grande pressão e alta temperatura. Se originam
em regiões de atividade vulcânica recente, onde a rocha quente aquece a água
que está no subsolo, que quando atingir o ponto de ebulição é lançada para
fora, para o alto, através de uma única saída.
4) Rios: são
deslocamentos de água que acontecem de maneira natural, sem haver interrupção.
Geralmente, um rio parte de sua nascente e corre em direção aos relevos mais
baixos até atingir ou desembocar em outro curso maior. Os rios perenes são os
que nunca secam e possuem um bom volume de água nos leitos. Os rios temporários
são aqueles que secam no período em que não chove, principalmente em áreas de
clima árido ou semiárido. Quando um rio é perene e atravessa uma região
desértica, como o rio Nilo, isto quer dizer que a nascente dele é em uma região
chuvosa.
A
variação da quantidade da água no leito do rio recebe o nome de regime.
Regime
pluvial é quando as cheias dependem da água da chuva; regime níval quando
depende do derretimento da neve; se as cheias dependem das geleiras é glacial.
Quando
o rio deságua no oceano por várias saídas, diz que a foz do rio é em delta; a
foz do rio é em estuário, quando o rio deságua no oceano por uma única saída.
5) Lagos: podem ser
definidos como um acidente geográfico em forma de depressão, abrangem um grande
volume de água que não secam. Suas águas são oriundas de muitas fontes, dentre
elas: chuva, nascente própria, rios e derretimento de geleiras.
III - Bacias
hidrográficas brasileiras
Bacia Hidrográfica, também
conhecida como bacia de drenagem, consiste em uma porção da superfície
terrestre drenada por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. O Brasil tem uma extensa rede
hidrográfica. Apesar de o transporte hidroviário ser pouco utilizado, as bacias
hidrográficas brasileiras oferecem boas possibilidades de navegação. Os
rios brasileiros são de regime pluvial,
com exceção de Amazonas. Há rios temporários
apenas no sertão nordestino. Predominam rios de planalto em áreas de elevado
índice pluviométrico.
a) Bacia do rio Amazonas
É a maior
bacia hidrográfica do planeta, ocupando cerca de 46% do território brasileiro.
Seu rio principal nasce no Peru, com o nome de Marañon, e passa a ser chamado de Solimões na fronteira brasileira
até o encontro com o rio Negro. A partir daí, recebe o nome de Amazonas. É o
rio mais extenso (7100 km).
O
regime do principal rio é níval e pluvial. A bacia possui um grande
número de rios caudalosos, bons de navegação em grandes trechos, por serem rio
de planície.
b) Bacia
do Tocantins
Ocupa
aproximadamente 9,5% do território nacional. Seus principais rios é o Tocantins
e o Araguaia. Por ter longos trechos navegáveis, essa bacia é útil para escoar
boa parte da produção de grãos. No rio Tocantins está instalada a usina
hidrelétrica de Tucuruí, a segunda maior do país.
c) Bacia
Platina
Ocupa
cerca de 16,6% do território do país. Seus rios principais são: Paraná,
Paraguai e Uruguai, que formam o rio da Prata,
em território argentino. Esta bacia é composta pela bacia do rio Paraná e bacia
do rio Uruguai.
A
bacia do rio Paraná é bem utilizada para obter energia elétrica, irrigação e
navegação.
d) Bacia
do rio São Francisco
Ocupa uma
área de aproximadamente 7,5% do território nacional. O rio São Francisco, nasce em Minas Gerais, e atravessa o sertão semiárido
mineiro e baiano, de grande importância para a população ribeirinha, irrigação
e criação de gado. Também é aproveitado para obter energia elétrica. Os rios
são perenes e temporários.
Bacia
Secundária
São as
bacias: Atlântico Norte-Nordeste, Atlântico Leste e Atlântico Sudeste.
Essas
bacias não tem ligação entre si. Foram agrupadas por causa da localização delas
no litoral.
Hidrosfera F.2/2
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