quarta-feira, 16 de agosto de 2017

1º MÉDIO = SOLOS (3º BIMESTRE)

Solos

O solo é a camada superficial da crosta terrestre, sendo formado basicamente por aglomerados minerais e matéria orgânica oriunda da decomposição de animais e plantas.
Esse elemento natural é de fundamental importância para a vida de várias espécies. O solo serve de fonte de nutrientes para as plantas, e a sua composição interfere diretamente na produção agrícola.
Constituído essencialmente por matéria mineral e orgânica (fração sólida), água (fração líquida) e ar (fração gasosa) o solo é, por este motivo, considerado um sistema trifásico. As proporções de cada constituinte variam, principalmente, de acordo com a natureza deste.
A matéria orgânica do solo é constituída por restos de plantas e outros organismos, em estado mais ou menos avançado de decomposição, acumulando principalmente na superfície. A água e o ar do solo ocupam os espaços existentes entre as partículas terrosas e entre agregados de partículas. O ar ocupa os espaços não preenchidos pela água e a quantidade de água é variável em razão da precipitação e irrigação, à textura, estrutura, relevo e teor em matéria orgânica, podendo estar associada a uma grande variedade de substâncias.
O solo é o resultado de mudanças ocorridas nas rochas – denominadas intemperismo. Ações dos ventos, chuvas e organismos vivos (processos físicos, químicos e biológicos) são os responsáveis por este lento processo – calcula-se que cada centímetro do solo se forma em intervalo de tempo de 100 a 400 anos. As condições climáticas existentes são a principal influência das características de cada solo.
A análise do perfil do solo, ou seja: as parcelas horizontais que o constituem desde sua origem até a superfície - local da ação do intemperismo, é um referencial para entendermos a constituição e intemperismos que sofreu. Ao nos referirmos ao perfil do solo, devemos considerar 5 parcelas, denominadas horizontes. Vale ressaltar que nem todo solo possui todos os horizontes bem definidos:

II – Horizontes do solo

- Horizonte O: Camada orgânica superficial. Drenado, com cor escura.
- Horizonte A: Constituído, basicamente, de rocha alterada e húmus, sendo a região onde se fixa a maior parte das raízes e vivem organismos decompositores e detritívoros.
- Horizonte E (ou B): Camada mineral constituída de quantidade reduzida de matéria orgânica, acúmulo de compostos de ferro e minerais resistentes, como o quartzo. Pode ser atingido por raízes mais profundas.
- Horizonte C: Camada mineral pouco ou parcialmente alterada.
- Horizonte R: Rocha não alterada que deu origem ao solo.
Quanto à cor, essa varia de acordo com o material de origem, localização, organismos relacionados, conteúdo de matéria orgânica, dentre outros fatores. Solos ricos em matéria orgânica tendem a ser mais escuros, ao passo que solos bem drenados, por exemplo, tendem a tonalidades acinzentadas.
Partículas de solo são definidas de acordo com o tamanho relativo destas, sendo considerada argila partículas com diâmetro inferior a 0,005mm; silte as com diâmetro entre 0,005mm e 0,05mm; areias finas com diâmetro entre 0,05mm e 0,42mm; areia média, entre 0,42mm e 2mm; areia grossa, entre 2mm e 4,8 mm e, finalmente, pedregulho, entre 4,8 e 76mm de diâmetro.

III – Tipos de solos

O solo pode ser classificado em arenoso, argiloso, humoso e calcário.
Solo arenoso: possui grande quantidade de areia. Esse tipo de solo é muito permeável, pois a água infiltra facilmente pelos espaços formados entre os grãos de areia. Normalmente ele é pobre em nutrientes.
Solo argiloso: é formado por grãos pequenos e compactos, sendo impermeável e apresentando grande quantidade de nutrientes, característica essencial para a prática da atividade agrícola.
Solo humoso: chamado em alguns lugares de terra preta, esse tipo de solo é bastante fértil, pois contém grande concentração de material orgânico em decomposição. O solo humoso é muito adequado para a realização da atividade agrícola.
Solo calcário: com pouco nutriente e grande quantidade de partículas rochosas em sua composição, o solo calcário é inadequado para o cultivo de plantas. Ele é típico de regiões desérticas.

IV - Tipos de solos no Brasil

O Brasil é conhecido por ser um ambiente extremamente fértil, sendo que boa parte dessa fertilidade deve-se à composição de sua superfície. Assim, os tipos de solos no Brasil variam de região para região, mas se dividem em quatro principais formas: os aluviais, a terra roxa, o massapê e o salmourão.
Terra Roxa: tipo de solo que surgiu a partir de rochas de origem vulcânica, os basaltos. Apesar de ser chamado por esse nome, esses solos possuem uma aparência mais avermelhada. Encontram-se nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e São Paulo, o que significa que, em um passado distante, parte dessas áreas abrigou vulcões, que não existem mais.
Aluviais: São solos que se formam a partir de sedimentos (fragmentos de rochas) advindos de outros lugares e transportados pela ação das águas e dos ventos. Encontram-se em diversas áreas do território brasileiro, em regiões de várzeas e proximidades de rios e cursos d'água. Apesar de não serem tão férteis, possuem um alto potencial agrícola.
Massapê: É um solo mais escuro, quase preto, argiloso e muito fértil localizado ao longo do litoral nordestino. Ele forma-se a partir da decomposição do calcário, da gnaisse e outras rochas, sendo que, nos meses chuvosos, ele fica úmido e pegajoso; já nos tempos de estiagem, fica mais rígido.
Salmourão: É um solo proveniente da decomposição, principalmente, do granito. Encontra-se distribuído em áreas do Centro-Oeste, do Sudeste e do Sul do Brasil. É bastante arenoso e menos fértil que os demais, além de apresentar certo nível de acidez. No entanto, com as técnicas corretas, também pode ser utilizado na agricultura.




Solos F.1/1

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