Solos
O solo é a camada superficial da crosta
terrestre, sendo formado basicamente por aglomerados minerais e matéria
orgânica oriunda da decomposição de animais e plantas.
Esse elemento natural é de fundamental importância para a vida de várias espécies. O solo serve de fonte de nutrientes para as plantas, e a sua composição interfere diretamente na produção agrícola.
Esse elemento natural é de fundamental importância para a vida de várias espécies. O solo serve de fonte de nutrientes para as plantas, e a sua composição interfere diretamente na produção agrícola.
Constituído
essencialmente por matéria mineral e
orgânica (fração sólida), água (fração líquida) e ar (fração gasosa) o solo é, por este
motivo, considerado um sistema trifásico. As proporções de cada constituinte
variam, principalmente, de acordo com a natureza deste.
A
matéria orgânica do solo é constituída por restos de plantas e outros
organismos, em estado mais ou menos avançado de decomposição, acumulando
principalmente na superfície. A água e o ar do solo ocupam os espaços
existentes entre as partículas terrosas e entre agregados de partículas. O ar
ocupa os espaços não preenchidos pela água e a quantidade de água é variável em
razão da precipitação e irrigação, à textura, estrutura, relevo e teor em
matéria orgânica, podendo estar associada a uma grande variedade de
substâncias.
O solo é o resultado de mudanças
ocorridas nas rochas – denominadas intemperismo. Ações dos ventos, chuvas e
organismos vivos (processos físicos, químicos e biológicos) são os responsáveis
por este lento processo – calcula-se que cada centímetro do solo se forma em
intervalo de tempo de 100 a 400 anos. As condições climáticas existentes são a
principal influência das características de cada solo.
A
análise do perfil do solo, ou seja: as parcelas horizontais que o constituem desde sua origem até a superfície -
local da ação do intemperismo, é um referencial para entendermos a constituição
e intemperismos que sofreu. Ao nos referirmos ao perfil do solo, devemos
considerar 5 parcelas, denominadas horizontes.
Vale ressaltar que nem todo solo possui todos os horizontes bem definidos:
II
– Horizontes do solo
- Horizonte O: Camada orgânica superficial.
Drenado, com cor escura.
- Horizonte A: Constituído, basicamente, de
rocha alterada e húmus, sendo a região onde se fixa a maior parte das raízes e
vivem organismos decompositores e detritívoros.
- Horizonte E (ou B): Camada mineral constituída de quantidade reduzida de
matéria orgânica, acúmulo de compostos de ferro e minerais resistentes, como o
quartzo. Pode ser atingido por raízes mais profundas.
- Horizonte C: Camada mineral pouco ou
parcialmente alterada.
- Horizonte R: Rocha não alterada que deu
origem ao solo.
Quanto à cor, essa
varia de acordo com o material de origem, localização, organismos relacionados,
conteúdo de matéria orgânica, dentre outros fatores. Solos ricos em matéria
orgânica tendem a ser mais escuros, ao passo que solos bem drenados, por exemplo,
tendem a tonalidades acinzentadas.
Partículas de solo são
definidas de acordo com o tamanho relativo destas, sendo
considerada argila partículas com diâmetro inferior a
0,005mm; silte as com diâmetro entre 0,005mm e 0,05mm; areias
finas com diâmetro entre 0,05mm e 0,42mm; areia média, entre 0,42mm e
2mm; areia grossa, entre 2mm e 4,8 mm e, finalmente, pedregulho,
entre 4,8 e 76mm de diâmetro.
III
– Tipos de solos
O solo pode ser
classificado em arenoso, argiloso, humoso e calcário.
Solo arenoso: possui
grande quantidade de areia. Esse tipo de solo é muito permeável, pois a água
infiltra facilmente pelos espaços formados entre os grãos de areia. Normalmente
ele é pobre em nutrientes.
Solo argiloso: é
formado por grãos pequenos e compactos, sendo impermeável e apresentando grande
quantidade de nutrientes, característica essencial para a prática da atividade
agrícola.
Solo humoso: chamado
em alguns lugares de terra preta, esse tipo de solo é bastante fértil, pois
contém grande concentração de material orgânico em decomposição. O solo humoso
é muito adequado para a realização da atividade agrícola.
Solo calcário: com
pouco nutriente e grande quantidade de partículas rochosas em sua composição, o
solo calcário é inadequado para o cultivo de plantas. Ele é típico de regiões
desérticas.
IV - Tipos
de solos no Brasil
O Brasil é conhecido por ser um ambiente
extremamente fértil, sendo que boa parte dessa fertilidade deve-se à composição
de sua superfície. Assim, os tipos de solos no Brasil variam de região para
região, mas se dividem em quatro principais formas: os aluviais, a terra roxa,
o massapê e o salmourão.
Terra Roxa: tipo de solo que surgiu a partir de rochas de
origem vulcânica, os basaltos. Apesar de ser chamado por esse nome, esses solos
possuem uma aparência mais avermelhada. Encontram-se nos estados de Minas
Gerais, Goiás, Mato Grosso e São Paulo, o que significa que, em um passado
distante, parte dessas áreas abrigou vulcões, que não existem mais.
Aluviais: São solos que se formam a partir de sedimentos
(fragmentos de rochas) advindos de outros lugares e transportados pela ação das
águas e dos ventos. Encontram-se em diversas áreas do território brasileiro, em
regiões de várzeas e proximidades de rios e cursos d'água. Apesar de não serem
tão férteis, possuem um alto potencial agrícola.
Massapê: É um solo mais escuro, quase preto, argiloso e
muito fértil localizado ao longo do litoral nordestino. Ele forma-se a partir
da decomposição do calcário, da gnaisse e outras rochas, sendo que, nos meses
chuvosos, ele fica úmido e pegajoso; já nos tempos de estiagem, fica mais
rígido.
Salmourão: É um solo proveniente da decomposição,
principalmente, do granito. Encontra-se distribuído em áreas do Centro-Oeste,
do Sudeste e do Sul do Brasil. É bastante arenoso e menos fértil que os demais,
além de apresentar certo nível de acidez. No entanto, com as técnicas corretas,
também pode ser utilizado na agricultura.
http://www.brasilescola.com/biologia/constuicao-solo.htm http://www.escolakids.com/o-solo.htm http://www.escolakids.com/tipos-de-solos-no-brasil.htm
Solos F.1/1
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