sexta-feira, 12 de maio de 2017

1º MÉDIO = EVOLUÇÃO E ESTRUTURA DA TERRA (2º BIMESTRE)



A evolução e estrutura interna da Terra

I – Histórico

Há cerca de 4,6 bilhões de anos, uma densa nuvem de gases e poeira se contraiu constituindo-se no Sol, outras partes desta nuvem formaram partículas sólidas de gelo e rochas unindo-se, originando outros planetas; o planeta Terra originou-se pela Teoria da agregação cósmica.  A radiatividade das rochas fez com que o Planeta Terra recém consolidado, se convertesse em lavas derretidas, com os elementos químicos do níquel e do ferro fundindo-se e formando o Núcleo / NiFe.
         Com o passar de bilhões de anos, a Crosta terrestre se tornou mais espessa, originando vulcões que devido a pressões e fusões químicas, entraram em erupções emitindo gases transformando-se em vapor d'água que ao condensar-se, constituiu-se em uma das Esferas de suma importância para o planeta Terra, a Atmosfera. Paralelamente a esse processo evolutivo e de transformações físicas, químicas etc., teve também, com o surgimento da vida há quase 3 bilhões de anos, a evolução biológica, lembrando, porém, que o surgimento do homem só ocorreu cerca de 1 milhão de anos atrás.
Como se vê, a presença do homem é um fato recente se comparado à idade da Terra. Apesar disso, ele desenvolveu técnicas e processos que permitem reconstituir o passado físico (determinação da idade das rochas etc.) e biológico (estudo dos fósseis etc.) da Terra. Essa reconstituição da evolução da Terra pode ser vista pela chamada Escala Geológica do Tempo.

II – Deriva continental e placas tectônicas

A mais conhecida teoria a respeito da distribuição das massas continentais é a Teoria da Deriva Continental, de autoria de Alfred Wegener e exposta em 1910.
De acordo com essa teoria, todos os continentes (e ilhas) hoje existentes estavam reunidos inicialmente em uma única e gigantesca massa continental chamada Pangeia e um grande oceano chamado Tethys. A partir do Período Jurássico (mais ou menos 180 a 200 milhões de anos atrás) a Pangeia começou a sofrer um processo de divisão, originando os vários blocos continentais atuais.
Na primeira divisão, formaram-se dois supercontinentes: Laurásia (formado basicamente pela América do Norte, Europa e Ásia) e Gondwana, formado pela América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártida.
Nas etapas seguintes, os dois supercontinentes sofreram novas separações, além das migrações dos blocos continentais, até que, nos últimos 65 milhões de anos (Período Terciário), os continentes e oceanos adquiriram a configuração atual.
A recente Teoria da Tectônica de Placas representa uma explicação atualizada e aprofundada da deriva dos continentes. Ela procura demonstrar que a crosta terrestre flutua sobre um substrato magmático, admitindo para tanto a existência de várias placas continentais que se movimentam sobre o magma.
De acordo com essa teoria, o deslocamento das placas provoca nos seus limites externos deformações ou fenômenos, como dobramentos e falhamentos, terremotos, vulcanismos etc.

II – Estrutura Interna

A estrutura interna da Terra diz respeito a composição estratificada do planeta em suas áreas interiores, essas classificadas didaticamente conforme a sua composição físico-química e os elementos que lhes são predominantes. Conhecer essa estrutura é conhecer a série processos que condicionam as formas do planeta e também influenciam a sua dinâmica de transformação.
Nesse sentido, a estrutura interna do nosso planeta é classificada a partir de três principais camadas da Terra, a saber: o núcleo, o manto e a crosta terrestre, que se separam entre si por aquilo que chamados de descontinuidades, a de Mohorovicic,   também chamada Moho, ou simplesmente Descontinuidade M, é a fronteira entre  crosta e  manto terrestre; a de Gutenberg,   ou de Wiechert-Gutenberg, é uma zona de separação das camadas da Terra, separando o manto do núcleo e a Descontinuidade de Lehmann é a fronteira entre o núcleo externo (líquido) e o núcleo interno (sólido).

 

a) Crosta terrestre

A crosta terrestre é a menor e mais externa dentre as camadas estruturais da Terra. Ela é composta totalmente por rochas na forma sólida e, em termos minerais, por silício, magnésio e alumínio. Sua espessura média é de 25 km, variando desde os 6 km em algumas áreas oceânicas até os 70 km em áreas continentais.
Por definição, costuma-se subdividir a crosta terrestre a partir de dois critérios: a composição e a estrutura. No primeiro, ela é classificada em camada SiMa, que também é chamada de crosta inferior e é composta por silício e magnésio; e em camada SiAl, que também é chamada de crosta superior e é composta por silício e alumínio. No segundo, ela é classificada em crosta oceânica, onde sua espessura é menor, e em crosta continental, onde sua espessura é maior.
A peculiaridade principal da crosta terrestre é o fato de ela encontrar-se fraturada em diversos “pedaços”, o que chamados de placas tectônicas. A movimentação dessas placas é o principal dentre os agentes endógenos de formação do relevo, sendo responsável pela formação da maioria das áreas montanhosas da terra, pela existência do vulcanismo e pela manifestação dos terremotos e tsunamis.

b) Manto terrestre
O manto terrestre é a maior dentre as camadas da terra e se posiciona entre as duas continuidades terrestres existentes. Sua profundidade vai desde os 30 km até 2900 km, com temperaturas que, nos pontos mais profundos, chegam a alcançar os 2000ºC. Desse modo, as rochas não ficam no estado sólido, de modo que adquirem uma consistência mais pastosa nas porções superiores e mais líquida e fluida nas porções inferiores, conforme a variação de temperatura, o que chamamos de magma. Por isso, costuma-se dividir o manto em superior e inferior.
As principais características do manto terrestre, é o fato de, graças à variação de temperatura em sua extensão, o magma apresenta um movimento circular, haja vista que o material magmático localizado nas porções superiores desce para o interior por ser mais frio e, ao se aquecer, sobe novamente em um processo cíclico. Essa dinâmica interna é a principal causa para a movimentação das placas tectônicas na crosta terrestre.

c) Núcleo
Devido à forte pressão exercida pelas camadas superiores, o núcleo apresenta as mais altas temperaturas, sendo o responsável direto pelo aquecimento interno do planeta. Seu calor varia entre 3000°C até os 5000°C, segundo algumas estimativas, valores semelhantes ao que é encontrado na superfície do sol.
Assim como o manto e a crosta, o núcleo terrestre também é subdivido em interno e externo. O núcleo externo possui uma composição totalmente líquida, em um aspecto muito mais fluido que o do manto. Já o núcleo interno apresenta uma composição sólida, devido a pressa extrema que se exerce sobre ele, formando uma liga maciça de níquel, ferro e outro elemento ainda não diagnosticado. Essa estrutura do núcleo interno interfere e condiciona diretamente o campo magnético da Terra.

 

III – Uma outra classificação da estrutura interna da Terra

Além da classificação em crosta, manto e núcleo, existe uma outra forma de se subdividir didaticamente as camadas internas do nosso planeta, levando em consideração o comportamento mecânico dos materiais. Assim, temos, em ordem de profundidade, a litosfera, a astenosfera, a mesosfera e a endosfera.
A litosfera é a camada externa e estruturalmente sólida, envolvendo basicamente a crosta terrestre, a descontinuidade de Mohorovicic e a porção superior do manto, com uma profundidade de até 100 km. A astenosfera encontra-se logo abaixo e também possui uma espessura muito pequena, estendendo-se até os 670 km e apresentando uma consistência mais pastosa. A mesosfera, por sua vez, é maior e abrange a zona de movimentação magmática, envolvendo a maior parte do manto terrestre e alcançado os 2900 km de profundidade. Por fim, a endosfera abrange o núcleo interno e externo, com as maiores temperaturas e a profundidade total do planeta, de modo a se estender até os 6378 km correspondentes ao raio total da Terra.
Mais importante do compreender essas divisões do nosso planeta, é entender que elas não se encontram isoladas umas das outras, de forma que há uma constante troca de material e, principalmente, de energia. Desse modo, podemos considerar a Terra não como um elemento estático, mas sim como um corpo extremamente dinâmico e que apresenta variações conforme a evolução das eras geológicas.

https://pt.wikipedia.org
Estrutura da Terra F.1/1




Imagem relacionada
Resultado de imagem para imagens da estrutura da terra









Um comentário: