União Europeia
I
– Introdução
A União Europeia é o
maior bloco econômico do mundo, conhecido pela livre circulação de bens,
pessoas e mercadorias e pela adoção de uma moeda única: o euro. A origem data,
oficialmente, o dia 07 de Fevereiro de 1992, mas sua criação esteve intimamente
ligada a processos anteriores de criação de um grande bloco econômico europeu.
II - 1º Estágio: Benelux
O Benelux foi um bloco criado ainda
durante a Segunda Guerra Mundial e recebeu esse nome por conta das iniciais dos
países integrantes: Bélgica (Be), Holanda (Ne), do Inglês “Netherland”,
e Luxemburgo (Lux). O objetivo desse bloco era integrar esses três países em um
mercado comum e único, com a redução das tarifas aduaneiras. Apesar da
existência da atual União Europeia, o Benelux ainda existe com o nome de “União
Benelux”.
III - 2º Estágio: CECA (Comunidade
Europeia do Carvão e do Aço)
Muitos autores, economistas e
cientistas políticos não consideram o Benelux como a origem da UE, mas sim a
CECA. Criada em 1952, ela era composta pelos países do Benelux juntamente à
França, Itália e Alemanha Ocidental. Por conta disso, também era chamada
de Europa dos Seis.
A criação da CECA esteve diretamente
ligada ao Plano Schuman, que foi um planejamento econômico do governo francês
para integrar a produção siderúrgica dos seis países em questão. O objetivo
maior era estabelecer um acordo com a Alemanha Ocidental para que ambas
compartilhassem a produção de carvão mineral e minério de ferro na região da
Alsácia-Lorena (França) e de Sarre (Alemanha). Tais regiões encontram-se na
fronteira dos dois países e foram historicamente envolvidas por disputas
territoriais entre as duas nações.
Diante disso, a CECA se caracterizou por uma
integração do mercado siderúrgico, objetivando uma maior integração industrial
envolvendo os seis países.
IV - 3º Estágio: Mercado Comum Europeu
(MCE) ou Comunidade Econômica Europeia (CEE).
Com a fragmentação da Europa em vários
Estados, os países-membros da CECA reconheciam que era necessário ampliar o
mercado consumidor interno e acelerar o desenvolvimento de sua produção
industrial. Em vista disso, foi criado em 1957, com o Tratado de Roma, o
Mercado Comum Europeu, que também é chamado de Comunidade Econômica Europeia.
Além dos países da antiga CECA,
integravam o bloco econômico os seguintes países: Inglaterra, Irlanda e
Dinamarca, a partir de 1973; Grécia, a partir de 1981; Espanha e Portugal, a
partir de 1986. Era a Europa dos 12.
A CEE era caracterizada pela proposta
do estabelecimento de uma livre circulação de mercadorias, serviços e capitais.
Além disso, foi pela primeira vez colocada em um bloco econômico a
possibilidade de permissão à livre movimentação de pessoas entre os
países-membros.
Com o final da Guerra Fria, em 1989, a Alemanha
Oriental também foi incorporada ao MCE.
V - 4º estágio: O Tratado de Maastricht
Somente após a criação da União
Europeia, em 1991, com o Tratado de Maastricht, que todos os objetivos do
Mercado Comum Europeu puderam ser alcançados, com o estabelecimento da livre
circulação de pessoas, mercadorias, bens e serviços entre os países-membros.
Em 1995, mais três países integraram a
UE: Suécia, Finlândia e Áustria. Tratava-se, a partir de então, da Europa
dos 15.
Em 2004, integraram o bloco as ilhas de
Malta e Chipre. Além disso, alguns países do antigo bloco socialista soviético
também ingressaram na UE (Polônia, Hungria, República Tcheca, Eslováquia,
Eslovênia e Bulgária) e três antigos países da União Soviética (Estônia,
Letônia e Lituânia). Em 2007, Bulgária e Romênia também aderiram ao bloco, que
passou a ser a Europa dos 27.
No dia 1 de julho de 2013, a Croácia também
foi integrada à União Europeia, tornando-se a Europa dos 28. O país
da Península Balcânica, que antes fazia parte da extinta Iugoslávia, havia um
pedido de integração em tramitação desde o ano de 2003, completando, portanto,
dez anos de negociações antes de sua total adesão. Espera-se que em breve os
croatas adotem o euro como a sua única moeda.
VI - A criação do euro
O euro foi criado durante o Tratado de
Maastricht, em 1991. Entretanto, seu uso inicial era somente para trocas
cambiais entre os países da UE, pois os governos dos países, bem como a
população europeia como um todo, preferiam a manutenção de suas moedas
nacionais. A partir de 2002 que o Euro foi colocado em circulação, porém,
alguns países, como Dinamarca e Inglaterra, preferiram manter suas moedas
nacionais, outros foram adotando o euro de forma gradativa.
O euro demonstrou um rápido crescimento e passou a
ser um grande rival do dólar, que, no entanto, continua a ser a principal moeda
utilizada em políticas financeiras internacionais.
VII - A questão turca
A Turquia, desde o final da década de
1990, encontra-se na fila de espera para uma possível aprovação de sua entrada
no bloco europeu. Entretanto, existem alguns fatores que dificultam a sua
adesão.
Primeiramente, existe um grande risco
geopolítico, uma vez que parte do território turco compõe o Oriente Médio. Por
conta dos atentados frequentemente praticados na região, por conta da grande
instabilidade política, existe um temor dos países europeus, que veem na
Turquia uma possível porta de entrada para grupos terroristas na Europa.
Em segundo lugar, há também as
diferenças culturais e religiosas, as quais poderiam desencadear grandes
movimentos de xenofobia e intolerância religiosa no continente europeu, uma vez
que a maior parte da população turca é islâmica.
Em relação a esse último fato, o
ex-ministro turco Abdullah Gul declarou que a Europa deveria provar que não era
apenas um “clube cristão”. Além disso, a Turquia argumenta que, mesmo com a
população predominantemente islâmica, possui um estado inteiramente laico.
A perspectiva é que as negociações prossigam até
2015. Outros países que aguardam aprovação são Ucrânia e Macedônia.
Por Rodolfo Alves Pena
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/uniao-europeia.htm
União
Europeia
F.1/1
eai
ResponderExcluir