segunda-feira, 30 de outubro de 2017

1º MÉDIO = BIOMAS TERRESTRES (4º BIMESTRE)

Biomas terrestres
   

Por bioma entende-se o conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, resultando em uma diversidade biológica própria (IBGE). 
A confrontação dos mapas sobre biodiversidade e climas identifica e reforça a relação explícita entre o clima (temperatura e umidade) e a formação vegetal. Desse modo, a maior diversidade de plantas e animais encontra-se na região equatorial do planeta (maiores temperaturas e índices pluviométricos), enquanto ao nos afastarmos em direção aos polos nota-se a menor diversidade de espécies (área de menor temperatura e índice pluviométrico).
Os biomas terrestres estão distribuídos em função de inúmeras variáveis que podem ser explicadas pela Biogeografia Histórica, contudo, o principal fator que rege esta distribuição é o Clima, em função dos diferentes elementos e fatores associados. Os biomas mundiais são formados por:

I - Florestas Tropicais

Também conhecidas por Florestas Equatoriais ou Florestas Pluviais. Localizam-se na zona climática intertropical na qual se caracteriza por elevadas temperaturas e precipitações ao longo do ano, por isso possui inúmeras espécies adaptadas e estas condições como as espécies Higrófilas (adaptada a muita umidade) e até mesmo espécies que se adaptaram às condições de estarem parcialmente ou totalmente submersas (Hidrófilas).
São florestas do tipo Perenes, ou seja, não perdem as folhas ao mesmo tempo ao longo do ano, por isso apresentam-se sempre com folhas verdes. A grande maioria dos vegetais possuem folhas Latifoliadas, ou seja, são folhas largas.
Estas florestas possuem uma grande Biodiversidade, em função das características de alta temperatura e precipitações, tanto em questão de fauna e flora, como de microrganismos. As florestas possuem uma grande estratificação, ou seja, espécies características de acordo com o tamanho, sendo que os estratos superiores chegam a passar 50m de altura. Também possuem inúmeras espécies de epífitas, como Bromélias, Samambaias e Cipós. Exemplos destas florestas: Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Floresta do Congo e da Indonésia.
  
II – Savanas

As Savanas também se encontram nas zonas climáticas Tropicais do globo, chamadas no Brasil de Cerrados. Entretanto, o regime de chuvas é concentrado e uma estação do ano, sendo os verões bastante chuvosos e os invernos bastante secos, ou seja, é um tipo de vegetação adaptada a essa sazonalidade. Em função disto, muitas espécies de vegetais se adaptaram a essa falta de água durante a estação seca, perdendo suas folhas para que deste modo, evite grandes taxas de transpiração. Estas espécies são chamadas de Decíduas ou Caducifólias
 Na camada que cobre o solo, encontramos diversas Gramíneas (conhecidas por capins, gramas ou relvas), associadas com diversas árvores maiores, com troncos retorcidos.

III – Desertos

O que caracteriza um deserto é a baixa precipitação, ou seja, a quase ausência de chuvas em função da predominância das baixas umidades, que é caraterístico de climas áridos e semiáridos. Desta maneira podem existir desertos quentes encontrados em regiões tropicais e subtropicais, com desertos gelados, em regiões mais próximas do polo. 
 Um deserto pode ser formado por fatores como a passagem de uma corrente marítima fria, como a de Humboldt que contribui para a baixa umidade do ar, formando o deserto do Atacama no Chile. Ainda temos como fatores, barreiras montanhosas, grandes altitudes, altas pressões atmosféricas, entre outros.
Nos desertos quentes é comum ter uma grande amplitude térmica diária, pois pelo fato da vegetação ser bastante esparsa, o solo fica completamente exposto à radiação. Desta maneira, a superfície se esquenta muito rapidamente, mas com a chegada da noite, a temperatura costuma cair bastante. Em função da predominância do intemperismo físico, os solos são bastante pedregosos e arenosos, mantendo desta forma muitos minerais primários de rocha, fazendo com que os solos sejam pouco férteis. 
As espécies vegetais adaptadas a essas condições são chamadas de xerófitas. Elas são extremamente adaptadas a grandes estiagens, pois são plantas suculentas, ou seja, são capazes de armazenar muita água em seu interior, como é o caso das Cactáceas (Cactos). Estes possuem espinhos, que são folhas modificadas, para que não haja transpiração, e consequentemente perda de água. Suas raízes são muito ramificadas e espalham-se bastantes para aproveitar ao máximo as águas de chuvas, que são extremamente raras.

IV – Chaparral (mediterrânea)

 É o tipo de vegetação característico de climas Mediterrâneos. 

V – Campos

Os Campos, Pampas, Estepes ou Pradarias, são biomas associados a climas mais frios e secos. São considerados como áreas de transição entre Florestas e Desertos. O tipo predominante de vegetação, são as Gramíneas, pois estas são extremamente adaptadas a estas condições climáticas. Possuem solos bastante férteis em função da lenta decomposição, deixando o solo com bastante húmus.
  
VI – Florestas temperadas

Como o nome já diz, são florestas características da zona climática temperada. São florestas com vegetação Decidual (Decídua ou Caducifólia) que perdem todas as folhas na estação mais seca. Na primavera e verão, as folhas são bastante verdes, contudo, com a chegada do outono, as folhas começam a ficar com tonalidades avermelhadas e amarronzadas. Na chegada do inverno, as mesmas caem, deixando o aspecto da vegetação totalmente desprovida de folhas. Estas florestas são encontradas na Europa, Estados Unidos, Chile, Japão e Austrália.

VII – Vegetação de Altitude (montanhas)

Este tipo de classificação independe de qualquer zona climática, pois o fator altitude é independente do fator latitude. Por serem locais elevados, as temperaturas tendem a ser bem baixas e por estarem na maioria das vezes acima do nível das nuvens, possuem baixa umidade relativa. Desta maneira a área fica sujeita a uma grande insolação, o que faz com que (juntamente com as características anteriores) a vegetação seja mais rasteira, podendo ser chamada de Campos Alpinos. Os solos também são bastante rasos, por estarem em áreas com grandes declividades.
  
VIII – Taiga

A Taiga é chamada também de Floresta de Coníferas, ou Floresta Boreal (por se encontrar apenas no hemisfério Norte). A vegetação possui folhas mais longas e finas, parecidas com agulhas. São chamadas de aciculifoliadas e fica verde o ano inteiro (Perene). É um tipo de bioma que suporta a ocorrência de neve na estação fria, que é bastante rigorosa e demorada.
   A vegetação de coníferas (como o Pinus) é bastante utilizada na indústria madeireira para a extração da celulose, como é no caso da Finlândia.

IX – Tundra

Do finlandês Tuntuna, que significa planície sem árvores, este bioma se enquadra na zona climática Polar, podendo ser encontrado no Alasca, Groelândia, Sibéria (Rússia) e na Península Escandinávia (Noruega, Suécia e Finlândia). O clima é muito gelado durante praticamente o ano todo, e por isso é bastante seco, sendo que apenas algumas espécies de gramíneas conseguem se adaptar. São encontrados muitos líquens, musgos e fungos por cima do solo. Este muitas vezes encontra-se congelado, ou seja, a água que ocupa os seus poros está congelada. Este solo é chamado de Permafrost.


 Imagem relacionada






Biomas terrestres F.2/2
















































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